terça-feira, 21 de setembro de 2010

A partida

Amanhã terei vontade de lhes contar algo, e adivinha, o mais perto que conseguirei chegar é do telefone e de longe vou ouvir suas vozes animadas, cheias de novidades, e a minha, se eu não conseguir disfarçar estará carregada da falta que vocês me fazem.
E engraçado a nossa gigantesca esperança de que tudo vai e deve durar para sempre. E a nossa inconformada reação ao depararmo-nos diversas vezes na vida que as coisas acabam. É, elas acabam.
E se vou acabar em vocês ao partir, eu não sei, confesso, não sei dizer se minha presença aqui marcou o suficiente para não ser esquecida. Queria ser lembrada em cada brisa que bate, em cada folha que cai da arvore, em cada grão de poeira que entra em teus olhos. Queria que vocês me sentissem pensando em vocês. Aliás, faço isso diariamente.

Apaticamente espero pela hora do adeus, tudo bem, eu sei, não acabará aqui, mas é assim que sinto, vai ser uma página virada e não tente me convencer do contrario, vai ser diferente, isso não da para negar.
E naturalmente a vida nos encaminha pra essa despedida que logo de dará.

É amores, talvez nada dure para sempre, pelo menos fisicamente falando. O sentimento eu sei que este permanece, mesmo a distância de alguma forma pretendo alimentá-lo. Espero ser eterna em vocês.
Eu as amo.